Descriminado...

sexta-feira, 23 de abril de 2010 1 comentários

Ele era novo na escola, melhor dizendo novo na nossa sala, o que não era muito comum pois nossa turma já era grande desde a 4º série e ninguém entrava lá ate ele chegar.
Éramos taxados de metidos por que tínhamos e temos uma amizade muito forte ate hoje, então alguém que entrava na nossa classe pelo menos nos primeiros dias ia se sentir excluído ate pegar amizade com alguém e depois com o resto da turma.
O que não aconteceu com ele, pois ele não falava nada, sentava na ultima cadeira e quando tentávamos nós aproximar ele saia sem dizer uma só palavra, ninguém entendia ele ao certo por que ele fazia isso.
Depois de 1 ano estudando juntos ele começou a si soltar, mais muito pouco, pois quando fazíamos lanches, festas, ou outras comemorações ele nunca participava. Sabíamos que ele era de uma familia carente e por isso nunca cobramos nada dele, mais mesmo assim ele não participava.
Já estava fazendo dois anos que ele estudava com a gente, quando ele começou a faltar muito as aulas, toda a coordenação foi na nossa sala e a procura dele para saber o que tinha acontecido e por que ele tinha parado de flequentar as aulas, más não obtiveram respostas. Meses depois quando entramos na sala de aula a a diretora estava a nossa espera, todos ficaram assustados por que não era comum ela ir a nossa sala na primeira aula.
Sente-se - ela disse meio rouca - tenho uma noticia não muito boa para lhes da.
Ficamos parados sem consegui falar não tínhamos feito nada para receber uma bronca logo na primeira aula.
Hoje me ligaram da casa do Caio, assim que eu cheguei aqui - ela parou e para tomar fôlego, e logo depois voltou a falar - era a mãe dele, ela estava chorando inconformada por que seu filho cometeu suicídio.
Todos paramos de respirar praticamente ao mesmo tempo, a unica coisa que si escutava era o barulhos das outras salas, que ainda não tinham recebido a noticia.
Vocês vão ser liberados para irem para o velório - disse a diretora interrompendo o silêncio. Nós levantamos e saímos devagar rumo a saída da escola, ao passar do portão alguns colegas disseram que iriam era dormi no lugar de ir a um velório, fiquei olhando como o ser humano pode ser tão irracional.
ao chegar no velório tivemos uma surpresa, ele tinha nos deixado um carta, pedindo desculpas por não ter nascido como a gente, por não ter dinheiro, por que não vestia roupas de marca, entre outras coisas que nós fazíamos todos os dias e ele não podia fazer. Também tinha deixado um a carta para sua familia, explicando por que tinha si suicidado, não teve quem não chorasse lendo as cartas que ele deixou debaixo da rede onde se enforcou.
Dai pra frente foi que percebemos que muitas vezes um ato nosso muda a vida de uma pessoa, apesar da culpa não ter sido só nossa é também da sua familia. Resolvemos mudar e acolher todos que na nossa sala chega-se.
Pois se aconteceu com meu colega pode acontecer com qualquer outra pessoa no mundo, então ajudar os outros sem olhar se ele tem ou não recurso e a melhor coisa que fazemos, para purificar nosso espírito.


Por: Henrique V. L. ( Rickee369)

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